sábado, 13 de agosto de 2011

Direito de escolha


Na minha opinião, uma das coisas mais importantes para uma pessoa é ter direito de escolha. Nossas escolhas determinam quem somos, mostram nossa evolução como ser humano, desde criança até a velhice. Eu adoro poder escolher, opinar, pensar naquilo que estou fazendo, se é a melhor opção ou não, ver quais outras opções eu tenho e decidir. Isso realmente não tem preço. E se eu posso escolher qual será minha profissão, minha religião, meus amigos, meu companheiro, a comida que como, os lugares que freqüento, as roupas que uso, as músicas que escuto, os filmes que vejo, por que não poder escolher o país onde vou morar.

Sempre quis sair do Brasil. A verdade é que nunca gostei daqui. Não vou mentir. O Brasil tem coisas maravilhosas, e acho que na medida do possível pode ser sim um lugar bom para viver. Mas o problema é que eu não me identifico com ele. Nunca me identifiquei. E sempre pensei que todos deveriam poder escolher em que lugar do mundo gostariam de viver. É lógico que não sou ingênua de achar que isso é viável, pois não é. Mas enfim, essa é uma das minhas utopias.



Eu sempre me identifiquei com o estilo de vida europeu. Amo a Europa, amo mesmo, e se pudesse talvez já estivesse lá. Bom, poder eu posso, mas a que preço? Pesquisei bastante, li muito, me empolguei, me desempolguei. Conclui que na minha condição atual ir para a Europa poderia acabar sendo frustrante.

Depois de muito refletir acabei escolhendo ir pro Canadá (que tem um programa de imigração) e ver qual é que era. É lógico que o Canadá não tem o charme europeu, as curtas distâncias entre um país e outro que te proporcionam pegar o TGV e em um fim de semana fazer um bate-volta Londres-Paris, não tem a arquitetura antiga e riquíssima, os museus à céu aberto, as combinações mágicas entre belas paisagens naturais e arquitetônicas (me refiro especificamente aí ao Mediterrâneo), etc etc. Mas o Canadá tem algo que eu talvez preze ainda mais: um povo educado, honesto e que convive em paz com as diferenças.

E assim foi: fiz minha escolha. Escolhi recomeçar minha vida em um lugar com mais oportunidades, com mais respeito ao próximo, sabendo que lá, mesmo que leve muito tempo, eu posso ter meu devido reconhecimento no que quer que eu escolha fazer da minha vida (a custo do meu esforço, lógico).

Por enquanto a Europa vai ficar reservada para as férias. Não sei o que vai acontecer amanhã, pode ser que tudo acabe em pizza e eu não vá para o Canadá, pode ser que eu vá e depois de um tempo eu escolha outro lugar para ir. Mas o que eu sei é que poder escolher é muito bom. E o meu desejo é que todos pudessem ter a mesma oportunidade que eu estou tendo. A oportunidade de escolher seu futuro.

Bisous!

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